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Quadra da Vila se transforma em sala de aula, e ainda, conquista para o movimento negro em Santa Maria

Na última quarta-feira (27), o município de Santa Maria oficializou a adesão ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), vinculado ao Ministério da Igualdade Racial. A medida busca fortalecer políticas públicas de enfrentamento ao racismo e de combate às desigualdades. Em Santa Maria, as atividades são desenvolvidas pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir). A Associação Artística e Cultural Vila Brasil, com todo seu histórico de resistência cultural, esteve representada no ato pelo seu presidente Sérgio Silva.

Participantes no ato de adesão.

 

Já na manhã desta quinta-feira (28) foi a vez da Quadra da Vila Brasil se transformar em uma sala de aula, voltada para o debate sobre Comunicação e Cultura. Alunos do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Santa Maria, organizados pelos professores Fernanda Sagrilo Andres, Mauricio Rebellato e Victor Rodrigues, participaram de uma mesa temática, com foco em questões voltadas para a comunicação e a cultura. O presidente da Escola Sérgio Silva, a Rainha Sênior Elizabete Fontoura e o Baluarte Mantega receberam os alunos e apresentaram a Escola. A mesa temática foi conduzida por Victor Rodrigues e os convidados foram Sérgio Marques – diretor de comunicação da Vila Brasil, mestre em Patrimônio Cultural e relações públicas – e Aline Martins Linhares – professora de história e historiadora com grande atuação junto às manifestações culturais gaúcha e do carnaval. Entre as contribuições, Sérgio destacou o papel de uma Escola de Samba para além do carnaval “é um espaço de resistência, de memória e de identidade cultural. Dentro da comunidade, a escola se torna ponto de encontro, seja por questões geracionais, quanto pelos atrativos que a própria escola proporciona, através de projetos e eventos.”

Alunos e professores junto com os integrantes da Escola.

 

Aline Linhares  convidou os alunos a uma reflexão sobre os motivos que levam ao apagamento e esquecimento de determinados setores e grupos culturais: “uma forma de ocultar uma identidade é apagar a sua memória e evidências de sua existência e importância”, pontuou.
Os professores destacaram o quanto é válido poder sair da sala de aula, proporcionar experiências aos acadêmicos que agreguem no conhecimento e na vivência junto com a comunidade, ainda mais neste caso, debatendo cultura dentro de um espaço tão importante, como na Vila Brasil.